Publicidade Infantil e Alimentação na Escola
Grupo de Trabalho:
Barbara, Camila, Cristielem, Letícia, Natália, Morgana e Rafaela
Sampaio (2009), Steinberg e Kincheloe (2001) e Linn (2006) que nos ajudam a compreender que a infância deve ser tomada não como um a priori, mas como construção social, histórica e cultural. Vivemos uma condição que já não é a mesma da modernidade, pois são novos, os significados são atribuídos à infância e novos modos de vivê-la são experienciados pelas crianças.
Para compreender como os dispositivos midiáticos operam, é preciso considerar a sua dimensão sistêmica e no caso da publicidade e do merchandising dirigidos à criança não é diferente. A publicidade constitui-se como um dispositivo no interior de uma rede mais ampla que é a esfera do consumo.
(Sampaio, 2009).
Assim, são criadas muitas outras situações nas quais o público infantil é estimulado a conviver com marcas, produtos, apresentadores e personagens, extrapolando, em muito, o instante específico no qual eles vêem/ouvem os apelos publicitários.
Para Sampaio (2009), o envolvimento das crianças nesta rede de consumo é deflagrado e reiterado mediante sua exposição sistemática às marcas, aos personagens e aos ídolos. Trata-se de uma intervenção sistêmica, em que as instituições e agentes publicitários promovem o envolvimento infantil com tais práticas.
A atuação das grandes redes de fast foods e demais companhias alimentícias em suas campanhas de venda casada tem promovido hábitos alimentares não-saudáveis, entendendo que alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania (BRASIL, 1999).
“Quando eu levo uma fruta, bolo ou sanduíche para o lanche, meus amigos ficam rindo. É como se eu não tivesse dinheiro para comprar a coca e a ruffles da cantina da escola. Tu sente que é excluído do grupo.”
(Depoimento de J. V. 9 anos – Aluno da Rede Particular de Ensino de Porto Alegre).
Entendemos que a escola, local onde as crianças passam grande parte de seu dia, tem um papel importante na promoção da saúde (Buss, 2003), quando possibilita o desenvolvimento de ações que podem possibilitar melhorias na qualidade de vida e cidadania.
Compreendemos que a discussão entre mídia e alimentação deve ter um lugar assegurado nas instituições escolares, pois ao participar de diferentes contextos sociais, as crianças também constroem valores, atitudes e hábitos a partir da diversidade de vivências nas variadas relações que estabelecem no âmbito escolar.