Ontem eu estava andando na rua e vi um cachorro deitado no chão. Mas não era qualquer cachorro, como o famigerado "vira-latas caramelo". Este era diferente, havia alguma coisa quase humana no seu olhar, o que me deixou profundamente intrigado.
Enquanto andava pela rua, ontem, vi um cachorro deitado no chão. Todavia, não era qualquer cachorro (como o famigerado "vira-latas caramelo"). Este era diferente. Havia algo quase humano no seu olhar, coisa que me deixou profundamente intrigado.
Ontem eu estava andando na rua e vi um cachorro deitado no chão. | Mas não era qualquer cachorro, / como o famigerado "vira-latas caramelo". | Este era diferente, havia alguma coisa quase humana no seu olhar, / o que me deixou profundamente intrigado.
(2+2) = emocionante, mas cansativo
Enquanto andava pela rua, ontem, / vi um cachorro deitado no chão. | Todavia, não era qualquer cachorro | (como o famigerado "vira-latas caramelo"). | Este era diferente. | Havia algo quase humano no seu olhar, / coisa que me deixou profundamente intrigado.
(4+2) = sossegado, mas entediante
Solitário - Augusto dos Anjos
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Poeminha Sentimental - Mário Quintana
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas…
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
Romance de uma caveira - Alvarenga e Ranchinho
Eram duas caveiras que se amavam
E à meia-noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor então trocavam
Sentados os dois em riba da lousa fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele de amores por ela vivia
Ao longe uma coruja cantava alegre
De ver os dois caveiros assim felizes
E quando se beijavam em tons fúnebres
A coruja batendo as asas, pedia bis
Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira por ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandonou
E o caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco
Hoje comi uma paçoca.
Hoje comi uma paçoca.
Comi uma paçoca, hoje.
(Fita-crepe)
Hoje comi uma paçoca.
Hoje comi uma paçoca.
Hoje, não ontem, comi uma paçoca.
(Fita-crepe)
Você quer uma paçoca?
Amigo, você quer uma paçoca?
(Fita-crepe)
Bom dia!
Bom dia, caros colegas!
(Fita-crepe)