Análise de Obra

"O morcego"

O autor - Augusto dos Anjos

Primeiro poema: "Soneto"

Viveu em uma época de revoluções: Canudos, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata.

Sobre ele

Paraibano 

Augusto dos Anjos (1884-1914)

Vocabulário antipoético

Linguagem culta e cientificista com termos científicos e biológicos 

Parte do pré-modernismo

Sua obra possuía traços do simbolismo e parnasianismo 

Obra com caráter filosófico

Pontos melancólicos, pessimistas e angustiantes. 

Temas relacionados a angústia da vida

Existencialismo e morte

Conhecido como o "poeta da morte" 

Obra

2006: criado o Memorial Augusto dos Anjos 

Primeiro e único livro publicado em 1912: "Eu", aborda a morte de maneira literal e decomposição da matéria.

Um pouco de história

Psicologia de um vencido

Outras obras

Versos Íntimos

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Análise de Obra

"O morcego"

Análise da obra

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!

O Morcego

Tema cental

Encontro

Fuga

Confronto

Conclusão

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
 

"Vou mandar levantar outra parede..."
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

Publicado em 1912

Parte do livro "Eu"

Sobre o livro: 

  • 58 poemas
  • Morte, solidão e angústia 
  • Causou espanto por romper com os padrões literários.

Sobre o poema

Aborda a consciência 

Atualidades

O morcego e transtornos psicológicos

"Mal do Século": ansiedade afeta 1 em cada 5 jovens segundo a OMS

Agravos com a pandemia de COVID-19

Insônia, ansiedade e depressão

 Conteúdo e simbologia

Universalismo

Noite e quarto: intimismo e solidão

Consciência perturba quando se está sozinho: momento de reflexão

A consciência nos vigia? 

Tentativa de fuga

Quem é capaz de enfrentar a consciência?

Muitas questões

                 Parnasianismo

  • Soneto (4-4-3-3)
  • Universalismo

Naturalismo

  • Vocabulário científico e grotesco

Simbolismo

  • Noite, solidão
  • Consciência Humana como símbolo

Musicalidade

Assonâncias e aliterações 

Rimas:

Duas primeiras estrofes: ABBA/BAAB

Terceira e quarta: rimas alternadas em forma de CDE

Jogo de palavras: recolho, molho, ferrolho e olho 

Forma

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Análise de Obra

"O morcego"

Abordagem no PAS

"A linguagem resulta da capacidade para interagir e, ao examinar a sua relação com a sociedade, a comunicação constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas pode ser percebida como algo que não se concretiza por enunciação monológica, isolada, mas que se dá pela interação verbal. A linguagem não existe fora dos sujeitos e deve ser apreendida e examinada como uma prática humana que supõe usos concretizados por pessoas, grupos ou classes. Essas características podem ser percebidas, por exemplo, em [...] O morcego, de Augusto dos Anjos [...] "

Linguagem

"Como vivemos em um contexto sociocultural complexo, é imprescindível que os textos literários sejam entendidos como integrantes do contexto ao qual pertencem e como instrumentos de autoconhecimento, socialização e construção do imaginário social. Isso se evidencia no poema O morcego, de Augusto dos Anjos [...]"

Contexto

"No campo das ciências biológicas, o tema do corpo humano, da vida, das relações dos corpos humanos em conjunto e do ambiente são reflexões permanentes e podem ser problematizados [...] no poema O morcego, de Augusto dos Anjos, que alegoriza no mamífero de pequeno porte o reflexo do ser humano diante de sua própria consciência."

Biologia

"Sob o impacto dos conflitos mundiais, outras obras apresentam perspectivas e alternativas para a construção de narrativas que misturam elementos reais e oníricos [...]. No poema O morcego (1912), de Augusto dos Anjos, a perspectiva onírica também se faz presente na interlocução do eu-lírico com a morte, promovendo um ambiente de mistério e reflexão."

Real X Sonho

Ambiente

"O poema O morcego, de Augusto dos Anjos, acontece dentro de um espaço físico, o quarto, e sequencia os fatos nesse ambiente espacial que, ao longo do poema, torna-se polissêmico. Conclui-se, então, que a ótica do espaço pode ser abordada sob diversas perspectivas e formas de expressão, tais como: a urbanidade, a modernidade, a organização social e política, a coletividade e a estética."

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