Leticia Vasques dos Reis Portella Nascimento
Orientador: Prof. Dr. Antonio Fernando Härter Fetter Filho
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Dinâmica e Gestão de Sistemas Costeiross
Motivação
Objetivos da pesquisa
Área de estudo
Materiais e Métodos
Resultados
Conclusões*
A Enseada do Itapocorói sofre com problemas erosivos desde a década de 70 (Heuvel et al., 2008). Muitos estudos buscaram compreender a hidro e a morfodinâmica local, mas pouco foco foi dado à circulação residual. Dada a sua importância, o presente estudo pretende compreender seu papel na hidrodinâmica local.
Correntes residuais são ordens de magnitudes menor que as de maré, mas sua persistência pode ter grande influência em processos locais como descarga de contaminantes, dispersão e transporte de sedimentos e nutrientes e manutenção de recursos vivos (Cheng, 1990).
O objetivo geral do estudo é compreender o padrão de circulação e a circulação residual na Enseada do Itapocorói, bem como as variáveis ambientais que os influenciam, através do uso de modelagem numérica de forma a compreender os padrões de longo prazo e as possíveis influências destes na área de estudo.
Caracterizar a circulação local através da análise das séries dos fundeios;
Descrever características meteo-oceanográficas da região;
Construção de um modelo hidrodinâmico (Delft3D-FLOW) para a área de estudo;
Calibração dos modelos hidrodinâmicos com dados provenientes de 3 equipamentos;
Definir o padrão típico da circulação residual;
Compreender o papel dos parâmetros ambientais na modificação da circulação e qual o parâmetro dominante;
Praia dominada por ondas - RTR de 2,02 (Klein & Menezes, 2001)
Regime de micromarés semi-diurno0,3m - 0,8m - 1,2m (Schettini et al., 1999)
< 1,83 m (Almeida, 2013)
0,13m - 0,51m (JICA, 1990)
Correntes amenas geradas por vento
< 10cm.s-1 nas áreas internas (Schettini et al., 1999)
> 30cm.s-1 nas área externas (JICA, 1990)
Componente L-O do vento com frequências diárias (brisas) e compornente N-S ~6 a 7 dias (Schettini et al., 1999).
Dados Medidos:
1 mês de dados de 3 ADCPs (2011)
1 ano de dados de nível medidos em Penha (95-96)
Modelo Numérico: Delft3D
Maré modelada: TPXO (Egbert & Erofeeva, 2015)
Vento modelado: CFSR/NOAA (Saha et al., 2011)
Batimetria:
Local da Enseada medida em 2011 (LOC/UFSC)
Cartas Náuticas
- Interpolação dos dados
- Cálculo do número de forma
- Média móvel nos dados de temperatura com erros de aquisição
- Análises usando o TTide
- Transformada Rápida de Fourier
- Análises EOF
- Variação total aproximada de 2m com tendência de empilhamento nas áreas internas (~10cm)
- Maior influência das componentes diurnas dentro da Enseada (aumento do número de forma)
- Sinal meteorológico em torno de ±50cm (ADCPs)
- Alcance de ~1,4m (Píer da Penha)
- Média de 19 cm
20cm representam 80% (Hoefel, 1998)
- >27,5% de energia em períodos maiores que 50h
24% em São Francisco do Sul (Truccolo, Franco e Schettini, 2006)
M2
S2
K1
O1
- Energia presente no período diário
- Presença da ACAS (17°C a 20°C)
25%
50%
90%
Rodada
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Padrão Analisado
Apenas maré
Vento variável
Vento NE 4m/s
Vento NE 10m/s
Vento S 4m/s
Vento S 10m/s
Vento E 4m/s
Vento E 10m/s
Vento SE 4m/s
Vento SE 10m/s
Quadratura
A enseada pode ser separada em duas áreas:
Área interna/protegida:
Regida por processos costeiros
Correntes amenas
Inversão da corrente pela brisa marinha
Alta variação da temperatura
Vento influenciando nível e
temperatura
Sofre com empilhamento de água
Área externa/exposta:
Regida por processos regionais
Correntes mais intensas podendo chegar a 40cm/s
Inversão da corrente a cada ~6-7 dias associadas ao vento S
Baixa variação da temperatura de fundo
Alta influência de processos de plataforma no nível da região;
Correntes residuais podem alcançar 20% da velocidade típica da região interna;
Correntes residuais conseguem atingir velocidades bem elevadas em regiões próximas da região praial, em especial da ZEA;
A maré tem pouca influência nas correntes residuais, enquanto ventos persistentes e com alta velocidade podem ter influência considerável e seus efeitos não devem ser ignorados.
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Dinâmica e Gestão de Sistemas Costeiross