Ricardo Jurczyk Pinheiro
“Ficção científica é como pornografia: não sabemos o que é com certeza, até que vemos uma.”
Gênero da ficção especulativa que lida com conceitos ficcionais e imaginativos relacionados ao futuro, ciência e tecnologia, e seus impactos e/ou consequências em uma sociedade ou em seus indivíduos.
Conhecida também como a "literatura das ideias", evita utilizar-se do sobrenatural (isto é fantasia), baseando-se em fatos científicos e reais para compor enredos ficcionais.
Fantasia é o impossível tornado provável. Ficção científica é o improvável tornado possível.
Alguns contos de As Mil e Uma Noites, do século IX.
Conto do Cortador de Bambu (Princesa Kaguya), do século X.
Conto do Teólogo Autodidata, de Ibn al-Nafis, do século XIII.
Francis Bacon - The New Atlantis (1627).
Cyrano de Bergerac - Comical History of the States and Empires of the Moon (1657) e The States and Empires of the Sun (1662).
Johannes Kepler - Somnium (1634)
Margaret Cavendish (Duquesa de Newcastle-upon-Tyne) - The Blazing World (1666).
Mary Shelley – Frankenstein (1818) e O Último Homem (1826) – lançou as bases para o que seriam os livros de ficção científica do século XIX.
Popularizou a ficção científica e a
literatura de aventura.
Popularização do termo
romance científico.
Joaquim Felício dos Santos - Páginas da história do Brasil, escritas no ano 2000 (1868 a 1872).
Augusto Emílio Zaluar – O Doutor Benignus (1875).
Eduardo Holmberg (Argentina) - El maravilloso viaje del Señor Nic-Nac.
Francisco Calcagno (Cuba) - Historia de un Muerto.
Literatura pulp: Revistas de contos.
Edgar Rice Burroughs
Philip Francis Nowlan
John Carter de Marte
Buck Rogers
Amazing Stories (1926) - A primeira revista pulp de ficção científica.
Astounding Stories (1930) - publicada até hoje!
Fanzine Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization (1933) - onde o Superman surgiu pela primeira vez.
Fantasia espacial
Distopia
Ficção científica hard
História alternativa
Cyberpunk
Steampunk
Dieselpunk
Imperio galáctico
Afrofuturismo
Ficção científica soft
Invasão alienígena
Mundo perdido
Fantasia científica
Ópera espacial
Incluindo o nosso assunto da noite, que é a
ficção científica cristã.
Star Wars não é ficção científica só porque tem nave e lasers na história, da mesma forma que Forrest Gump não é um filme sobre ping pong só porque ele aparece praticando esse esporte na China.
O homem da noite!
Mas não, não vamos falar de Nárnia aqui. Vamos falar de livros que vieram antes de Nárnia...
Influência da ficção científica da época - H. G. Wells.
Lewis se interessava por ficção científica, mas não na tecnologia empregada, ou nas reviravoltas.
Ele queria criar um mundo particular, onde fosse possível usar o elemento fantástico para discutir a nossa sociedade.
"Para construir outros mundos plausíveis, você deve se basear no único outro mundo real que conhecemos: o do espírito".
Ele não está preocupado em explicar a técnica por trás das viagens, mas ele as expõe como numa visão medieval.
A literatura não tem que ser literatortura, tem que ser divertida.
O bom escritor escreve sobre o que ele mesmo gostaria de ler, e não o que as pessoas querem ler. Ao agradar uma pessoa, ele desagrada duas!
A literatura não deve ser um tratado filosófico. Se fosse, deixaria de ser literatura e seria um tratado filosófico!
A literatura tem o papel principal de entreter e levar o leitor para um mundo de possibilidades.
A literatura não deve ser só diversão, mas o fundamento de uma imaginação moral.
Cientificismo: concepção filosófica que afirma que a ciência é superior a todas as outras formas de compreensão humana da realidade (como a religião), por ser a única capaz de apresentar benefícios práticos e alcançar autêntico rigor cognitivo.
A crítica era ao cientificismo. Lewis respeitava a ciência, era amigo de vários cientistas, mas se preocupava com a amoralidade da ciência:
"a crença de que o objetivo moral final é a perpetuação das espécie, e de que ela deve ser perseguida mesmo que (…) nossa espécie tenha que ser despojada de todas as coisas que nós valorizamos – a piedade, a alegria, e a liberdade."
(Chega, né?)
ricardojpinheiro@gmail.com