Estupro Coletivo
no Rio de Janeiro

Primeira teoria em discussão: foi estupro.

 

- Foi divulgado um vídeo em redes sociais.

- A garota estava quase desacordada, aparentando estar inconsciente.

- As genitais estavam avermelhadas.

- Os homens riam e zombavam da situação.

Segunda teoria em discussão: não foi estupro.

- Vazaram áudios de homens.

- A menina não reagia em entrevistas.

- Ela andaria com pessoas "erradas" e em lugares "errados".
- Um live no Facebook após o "estupro".

 

Algumas "provas":

Comentários em vídeo de Beatriz dando entrevista:

 

Fugindo um pouco do caso específico...

> Alguns exemplos de questionamentos feitos por pessoas na qual desacreditam ou não se "intimidam" muito com o assunto.

"Ah, se ela não andasse em lugares errados..."

"Ah, se ela tivesse um namorado fixo..."

"Ah, se ela não ficasse se expondo em lugares errados..."

"Ah, se ela estivesse ajudando em casa..."

"Ah, se ela frequentasse igreja..."

"Ah, se ela estivesse trabalhando..."

"Ah, se ela fosse menos vadia..."

"Ah, se ela fosse mais família..."

Ou seja, estupro NÃO tem justificativa.

O caso de Beatriz Pereira serviu para abrir os olhos do povo, no qual inclusive, protestaram e demonstraram apoio à adolescente. Pouco depois, a maioria dessas mesmas pessoas contradisseram após sair "provas" de que o estupro foi consentido.

Tenha sido como foi, ninguém estava lá ao não ser a garota e os 30, 33 ou 50 homens. Nada é certeza. Mas o que não pode ser negado: a cada ONZE MINUTOS um caso de estupro ocorre. E o pior, segundo o Instituto de Pesquisa Aplicada, apenas 10% dos casos chegam à polícia. Isso porque é muito traumatizante para a mulher poder assumir.

50% dos casos são cometidos com recém-nascidos até crianças de 13 anos. 70% dos casos são cometidos por parentes, namorados, ou amigos/conhecidos da vítima.

Se não for suficiente...

Terceira teoria em discussão:

foi estupro. Confirmado.

- Os criminosos disseram ter quebrado os celulares.

- Polícias e perícias, encontraram os aparelhos.

- Neles continham vídeos (inéditos) da garota dizendo "não", "ai". Reclamando, dizendo para não fazer.

O estupro não está restrito a uma classe social, a uma tribo, a uma cultura.

Mas o que significa dizer que "o Brasil vive uma cultura de estupro?"

- O que é cultura? "todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade".

Não é só do ato em si, sintetizando bem, refletir sobre isso é uma questão de empatia e altruísmo. Ela não quer dizer que o fato de você ser homem te torna estuprador.

Mas sim, pode ser qualquer ato de desrespeitar o outro achando que esse tipo de invasão é normal. Beijar a força, encochar num transporte público, assobiar na rua, passar a mão, embebedar... NÃO é normal. NÃO é o certo.

Cultura do Estupro:

Não é uma roupa curta. É um homem impregnado por essa "cultura" que causa o abuso. E também está na hora que você simplesmente mexe com alguém. E a palavra "cultura" faz-se ligar que sim, há muitas pessoas que acham "normal" as coisas citadas anteriormente.

Estupro Coletivo no Rio de Janeiro

By Luíza Gabriela

Estupro Coletivo no Rio de Janeiro

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