1ª REPÚBLICA
ELEIÇÕES
CORONELISMO
DEPENCÊNCIA
A Primeira República foi o período entre 1889 a 1930. Também chamada de República Velha, República do Café-com-leite ou República Oligárquica.
Durante esse período, as eleições e o coronelismo caminhavam juntos, criando um tipo de dependência entre ambos.
A expressão coronelismo surgiu em 1831 com a Guarda Nacional, criada para conter rebeliões populares que vinham acontecendo desde o período regencial. Esse título continuou sendo usado mesmo após a extinção da Guarda Nacional, principalmente para se referir aos maiores proprietários de terras.
Com a aliança entre São Paulo e Minas Gerais, principais produtores de café e leite, o presidente Campos Sales (1898-1902), para manter a alternância na indicação a presidência, criou a política dos governadores, proporcionando apoio regional ao poder executivo federal e fortalecendo os coronéis.
A partir dessa aliança, o coronelismo passou a ter mais força.
O coronel tinha o poder de interferir no poder público de pequenas cidades da área rural, onde a população era analfabeta, podendo assim controla-las.
Naquela época o sistema eleitoral era extremamente frágil e fácil de ser manipulado. Com o elo que existia entre coronéis e candidatos a prefeito, governador e presidente, era certo de que iriam vencer a eleição.
Cada coronel possuía seu curral eleitoral, ou seja, eleitores votavam no candidato que o coronel estava apoiando. Era comum também a alteração de votos, sumir com urnas e o voto fantasma (falsificação de documentos para a mesma pessoa votar mais de uma vez ou utilização do nome de pessoas já falecidas). Essa prática era chamada de voto de cabresto, um dos principais símbolos do coronelismo.
O eleitor que votava sem resistir praticava o clientelismo, e em troca, ganhava algum favor ou prêmio. Em suma, muitos empregos eram concedidos como prêmio, já que escolas, delegacia, cartório publico e atividades econômicas eram controladas pelo coronel. Já o eleitor que resistia em votar no candidato era acompanhado por capangas do coronel até a urna, assim podiam conferir o voto, já que não era secreto. Se sentindo intimidado, o eleitor acabava sendo obrigado a obedecer ao coronel.
Esse tipo de prática política só era possível através da ação coronelista, pois era com a ajuda dos coronéis que os candidatos conseguiam se eleger e até se reeleger. Criando assim, a dependência entre coronéis e candidatos. Um precisava do outro para continuar no poder. O coronel tinha de ser fiel aos candidatos para não ser morto ou trocado por outro. Já os candidatos dependiam dos votos que os coronéis conseguiam a seu favor.
O coronelismo perdeu seu espaço com a modernização e ascensão de novos grupos sociais nas décadas de 20 e 30. Porém ainda é possível ver algumas práticas coronelistas, como troca de favores entre chefes de partidos e a venda de votos.
TRABALHO POR:
MARCELO PEQUINI Nº.: 19
2º SÉRIA E.M
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By marcelop
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