Esta história é sobre um menino que conversa com a sua mãe a partir de um desejo repetido várias vezes:
«Quando for grande quero…».
Primeiro o menino quer guardar o sol, depois quer guardar a chuva, a seguir deseja ser guarda-florestal, segue-se a profissão de guarda-fios, depois guarda-redes numa equipa de futebol, quer ser guarda-rios, segue-se guardador de ventos, guarda-joias e guardador de medos.
Depois destas sugestões, Sílvio será guardador de palavras que é a sugestão final da mãe:
«O teu destino é guardar as palavras – diz a mãe».
E Sílvio responde:
«Limpo o musgo das palavras sombrias, afago ternura nas desavindas. Água fresca dou às palavras mais velozes e agasalho às que se perderam na noite.»
«Muito bem, Sílvio! E serás uma autoridade – diz a mãe».
(Edição: Editorial Caminho, Grupo Leya)