Módulo de Comunicação Digital
Pedro Henrique Jatobá
Julho 2022
Boas Práticas da Comunicação Digital
Vivência Prática: Vamos nos comunicar?
2º Encontro
Comunicação Social
A comunicação social é uma ciência social aplicada, cujo objeto tradicional de estudo são os meios de comunicação de massa (também chamados de " grande mídia"), principalmente o jornalismo ou imprensa e a comunicação organizacional (publicidade, propaganda, relações públicas, comunicação de marketing) de empresas e de organizações governamentais ou não-governamentais.
Os meios de comunicação de massa mais frequentes são o jornal, a televisão, o rádio, o cinema e a internet.
Podemos simplificar as atribuições dos diversos profissionais da seguinte forma: os jornalistas atuam com as notícias, os publicitários ou propagandistas atuam com os anúncios e os relações públicas com a relação entre as organizações e a sociedade.
Boas Práticas no Jornalismo
Boas Práticas no Jornalismo
Para ser um/a boa comunicador/a é importante:
-
Escutar. ver e ler
-
Escrever, gravar, fotografar, desenhar
-
Saber como entrevistar
-
Conhecer os formatos de Notícias
-
Como e onde publicar
Rotina de uma Redação
Sistema de Apuração produção e circulação de notícias
1) a apuração refere-se à verificação de
informações e definição de uma pauta;
2) a produção
compreende a composição da notícia, sua edição (com revisão e ajustes) e sua disponibilização para o público;
3) a circulação indica que, depois de disponibilizada, a notícia passa a ser acessada, comentada, debatida e
repassada para outras pessoas.
Elaboração da Pauta
Pauta:
Apresentar uma hipótese (que poderá ser confirmada ou negada),
Pauta não deve ser genérica.
Deve tentar responder uma questão específica
Elaboração da Pauta
Elaboração da pauta deve discutir aspectos como:
- Histórico dos acontecimentos trabalhado na pauta
- Possíveis perguntas que serão respondidas pela matéria em questão
- Fontes que devem ser procuradas
- Materiais iconográficos que podem acompanhar o texto.
Conceito: Pirâmide Invertida
Procure dispor as informações em ordem decrescente de importância (princípio da pirâmide invertida), para que, no caso de qualquer necessidade de corte no texto, os últimos parágrafos possam ser suprimidos, de preferência.
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Título e Subtitulo
O título tem a função de atrair o leitor.
Nele, o autor busca colocar de forma objetiva do que se trata aquela notícia, como para despertar interesse.
Exemplo:
“Professores estaduais do Rio de Janeiro recebem reajuste salarial”
O subtítulo é usado para abordar muito brevemente o ponto principal da notícia. Muitas vezes, é possível saber os pontos principais do que será abordado na notícia apenas pelo subtítulo. Porém, o seu uso não é obrigatório.
Exemplo:
“Nesta quinta-feira, o secretário de educação do Rio de Janeiro convocou representantes da área para apresentar o novo reajuste salarial de 10%.”
Lide (ou Lead)
Lide (Lead) da Notícia:
Nas matérias informativas, o primeiro parágrafo deve fornecer a
maior parte das respostas às seis perguntas básicas: o que, quem, quando, onde, como e por quê.
As que não puderem ser esclarecidas nesse parágrafo deverão figurar, no máximo, no segundo, para que, dessa rápida leitura, já se possa ter uma idéia sumária do que aconteceu.
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Lide (ou Lead)
Exemplo:
“Numa coletiva de imprensa realizada ontem no Palácio Guanabara, o secretário de educação do Rio de Janeiro informou sobre o reajuste salarial de 10% para os professores do estado. Ferreira explicou que a decisão já foi publicada no Diário Oficial e tem caráter emergencial. O reajuste valerá a partir de janeiro do próximo ano.”
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Corpo do Texto
O corpo da notícia, é o desenvolvimento sobre o assunto, apresentando detalhes sobre o tema. Geralmente, é nesta parte da notícia que o autor contextualiza o assunto, respondendo às perguntas: “como?” e “porquê?”.
O(s) último(s) parágrafo(s) do texto podem ser conclusivos apresentando um desfecho para o leitor ou deixando questões relativas ao assunto para reflexão
Conceito: Pirâmide Invertida
Segundo Nível
Para o melhor entendimento da notícia, alguns textos jornalísticos podem ser divididos por temas. A partir do texto principal dos primeiros parágrafos, o assunto pode ser dividido em subtemas apresentados na forma de intertítulos na mesma matéria e na mesma página. Este nível é utilizado quando algum assunto precisa de uma maior apuração e descrição dos fatos.
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Boas Práticas de Escrita
1 — Seja claro, preciso, direto e objetivo. Use frases curtas e evite intercalações excessivas ou ordens inversas desnecessárias. Não é justo exigir que o leitor faça complicados exercícios mentais para compreender o texto.
2 — Construa períodos com no máximo duas ou três linhas de 70 toques. Os parágrafos, para facilitar a leitura, deverão ter cinco linhas cheias, em média, e no máximo oito. A cada 20 linhas, convém abrir um intertítulo.
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Boas Práticas de Escrita
3 — A simplicidade é condição essencial do texto jornalístico. Lem-
bre-se de que você escreve para todos os tipos de leitor e todos, sem exceção, têm o direito de entender qualquer texto, seja ele político, econômico, internacional ou regional.
4 — Adote como norma a ordem direta, por ser aquela que conduz
mais facilmente o leitor à essência da notícia. Dispense os detalhes irrelevantes e vá diretamente ao que interessa, sem rodeios.
5 — A simplicidade do texto não implica necessariamente repetição
de formas e frases desgastadas, uso exagerado de voz passiva (será iniciado, será realizado), pobreza vocabular, etc. Com palavras conhecidas de todos, é possível escrever de maneira original e criativa e produzir frases elegantes, variadas, fluentes e bem escritas
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Entrevistas:
Nunca se esqueça de que o jornalista funciona como intermediário entre o fato ou fonte de informação e o leitor. Você não deve limitar-se a transpor para o papel as declarações do entrevistado, por exemplo;
faça-o de modo que qualquer leitor possa apreender o significado das declarações. Se a fonte fala em demanda, você pode usar procura, sem nenhum prejuízo. Da mesma forma traduza patamar por nível, posicionamento por posição, agilizar por dinamizar, conscientização por convencimento, se for o caso, e assim por diante. Abandone a cômoda prática de apenas transcrever: você vai ver que o seu texto passará a ter o mínimo indispensável de aspas e qualquer entrevista, por mais complicada, sempre tenderá a despertar maior interesse no leitor.
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Entrevistas:
Etapas para realização de uma entrevista:
- Organização (Agendamento, definição do local, equipamentos necessários)
- Abordagem do entrevistado
- Execução
- Edição
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
1. Pergunte primeiro se pode...
Gravar ou fotografar. Seja quem for, a primeira pergunta que faço é:
"Posso gravar?" Se estiver fotografando também peço antes de sair clicando.
Explico o que é a entrevista e para onde é. Obviamente estou falando de uma
entrevista previamente marcada.
Da mesma forma, muitas vezes o entrevistado quer falar alguma coisa em off ou seja, não quer que seja publicado e sequer gravado. Ele pede para desligarmos o gravador e desligamos, mesmo. Se não quiser ser identificado, nem fotografado, perguntamos por que e respeitamos
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
2. Esteja informado sobre o entrevistado
Acreditem: não há nada pior que estar diante de alguém para entrevistar e não ter a menor idéia de que pergunta fazer. Assim, o ideal é consultar pessoas que conheçam e buscar ainda outras referências (a internet ajuda muito).
Isso será fundamental para as questões que o
jornalista irá propor e para a própria apresentação na abertura da entrevista.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
3. Faça um roteiro
Informado sobre seu entrevistado, o ideal é que antes das entrevistas o
jornalista prepare um pequeno roteiro com algumas perguntas que julgue
fundamentais.
Reparem: eu disse um roteiro que, em hipótese alguma deve ser
considerado uma camisa-de-força. Deixe espaço para criar perguntas na hora
da conversa.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
4. 1, 2, 3, testando..
Gravou? Será que o gravador tinha pilha? Será que tinha fita no aparelho? Pode parecer brincadeira, mas eu já vi colegas gravarem entrevistas inteiras sem fita.
Então, mesmo que você tenha anos de profissão, verifique seu material antes da entrevista.
Cheque tudo antes. Se o aparelho celular está funcionando (sempre desconfie da tecnologia!). Não dispense o velho 1,2,3 gravando, testando...
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
5. Na dúvida, senhor ou senhora
É comum não sabermos como nos referir ao entrevistado. Talvez, o mais
seguro para evitar qualquer tipo de gafe seja perguntar logo de cara como o
entrevistado ou entrevistada prefere ser tratado. Mas se não quiser perguntar
e a dúvida persistir use senhor ou senhora. Você anuncia a distância e o
entrevistado ou entrevistada saberá que você o respeita e não quer intimidade.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
6. Ouça de verdade
Quando o jornalista usa bem o roteiro, ele tem consciência que
preparou algumas perguntas, mas sabe também que, se ouvir de verdade,
outras perguntas surgirão das próprias respostas do entrevistado.
Na verdade, o que precisa acontecer é uma autêntica conversa, um diálogo autêntico.
Muitos jornalistas se prendem às perguntas que prepararam e não ouvem a
resposta do entrevistado porque estão ansiosos por fazer a outra pergunta
Quando age assim, o jornalista aplica um questionário, mas entrevista não faz.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
7. Não dispute com o entrevistado
Para quem fazemos uma entrevista? No meu caso, faço entrevistas
porque interrogo o tempo em que vivo e entrevistar é construir essa
interrogação coletivamente.
Gosto de pensar que o leitor participa dessa construção. Em todas as
entrevistas que faço penso também sobre o que o leitor gostaria de saber, uma
possível pergunta que ele talvez fizesse se estivesse ali.
Em muitos casos, precisamos de perguntas que permitam ao entrevistado apresentar suas idéias sobre o assunto em pauta. Então devemos fazê-las mesmo que saibamos as respostas.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
7. Não dispute com o entrevistado
Outras vezes podemos ter uma questão, ou seja, gostaríamos que
o entrevistado aprofundasse esse ou aquele ponto da pauta ou mesmo temos
uma divergência com uma ou outra de suas idéias (ou com todas!).
O fato é que podemos apresentar uma questão ao entrevistado desde que não seja
uma tese inteira e tomando sempre o cuidado para não aparecer mais que o
entrevistado.
Podemos expor nosso pensamento, mas não estamos
entrevistando a nós mesmos.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
8. Não roube a idéia de ninguém
Da mesma forma que não devemos tentar aparecer mais que nossos
entrevistados, não devemos roubar suas idéias, nem as idéias de ninguém.
Acredito ser necessário deixar claro as referências e fontes com as quais
construímos nossas entrevistas.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
9. Desconfie da memória
Não podemos confiar em nossa memória e tentar
guardar dados importantes na cabeça. Acho impossível realizar uma grande entrevista sem gravador
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Notas Gerais de Entrevistas
10. Não invente ninguém
Já vi muitos jornalistas inventando declarações inteiras e até pessoas só porque perderam suas apurações e não queriam levar bronca do editor. Por favor, não invente ninguém. Se você gosta de criar, ótimo! Faça um conto, escreva um romance, um roteiro para ficção. Em entrevistas, converse com quem existe.
Fonte: Livro Sobre Entrevistas
Pesquisa:
Vamos pesquisar notícias e entrevistas relacionadas a nossa vivência prática?
Fonte: Manual de Escrita do Estadão
Vivência: Vamos praticar?
Produzindo uma notícia sobre a comunidade
Reunião de Pauta
Definição dos papéis
Planejamento da ação
Coleta dos dados
Produção da notícia
Publicação do conteúdo
Reunião de Pauta
Definição dos Pontos:
1: Qual objetivo da nossa comunicação?
2: Qual o ponto em questão?
3: Qual o público-alvo?
4: Quem são as pessoas?
5: Qual o formato?
6: Conteúdos necessários
7: Onde será publicado?
8: Qual o resultado esperado?
Planejamento das ações
Definir ações com prioridade, horário, local e pessoas responsáveis
Realização das entrevistas
Captação de conteúdos
Edição de conteúdo
Elaboração de texto
Organização das informações
Revisão da notícia
Publicação do resultado
Divulgação nas redes do conteúdo
Coleta dos Dados
Podemos capturar dados diferentes formas:
Pessoas
Personagens
Especialistas
Território
Espaço Físico
Área de Influência
Reflexão: Que elementos te ajudam para contar essa história?
Escutar, Ver e Ler
Dinâmica em roda:
• O que costuma ler? Sites, Perfis em redes sociais? Artigos científicos? Colunas de opinião? Livros? Revistas? Quais? Com que frequência?
• O que costuma ouvir? – Música? Rádios de notícias? Podcasts? Áudiolivros?
Quais? Com que frequência?
• O que costuma assistir? – Filmes? Documentários? Canais em redes sociais? Videoaulas? Quais? Com que frequência?
Reflexão: Como esses canais tocam a sua realidade?
Como Entrevistar
Veículos de Comunicação Impressos
• Jornais Comerciais
Nacional, Estadual
• Canais Locais
Jornal Regionais, Jornal Comunitário
Jornal de Bairro, Jornal Mural (escolas)
• Canais Temáticos
Revista, Fanzine
Formatos de Notícias
Rádiodifusão
• Rádios Comerciais:
AM/FM: Música, Notícias, Esportes
• Rádios Comunitárias:
Rádio Poste, Radio Bike, Rádio AM/FM
ABRACO (Assoc. Bras. Rádios Comunitárias)
• Rádios Web:
Radio.Garden, Radios em Português (World Radio Map)
Onde Publicar
Televisão
• Canais Abertos:
VHF/UHF, TV Digital
• Canais por assinatura:
Temáticos, Streamming
• Canais Comunitários
TV Muro (MG), Canal Capibaribe (PE)
GRATIDÃO PELA ATENÇÃO
OUTRO MUNDO É POSSÍVEL COM
ECONOMIA SOLIDÁRIA E TECNOLOGIAS LIVRES
Comunicação Digital: 2º Encontro - Retratos Ruais Itaetê
By Pedro Jatobá
Comunicação Digital: 2º Encontro - Retratos Ruais Itaetê
Boas Práticas da Comunicação Digital e Vivência prática
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