OFTALMOPARESIA DOLOROSA NA URGÊNCIA

E VAMOS DISCUTIR AS MAIS FREQUENTES

  • Sd. Tolosa Hunt
  • Migrânea-like + Oftalmoplegia
  • Arterite Temporal
  • Miosite Orbitária
  • Tromboflebite de Seio Cavernoso 
  • Oftalmoplegia Diabética

E VAMOS DISCUTIR AS MAIS FREQUENTES

  • Oftalmoplegia associada a Aneurisma
  • Dissecção Arterial
  • Neurite Óptica
  • Cefaléias Trigeminais

 

SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

  • Adultos, em proporções iguais entre os sexos

  • Processo auto-limitado, tende a recorrer, com ou sem seqüelas

  • Associação com outras desordens imunológicas (LES, G. de Weneger, etc)

OFTALMOPLEGIA DOLOROSA

SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

  • Critérios diagnósticos

    • CEFALÉIA UNILATERAL ORBITÁRIA OU PERIORBITÁRIA, incluindo ambos dos seguintes

      • INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA DO SEIO CAVERNOSO, FISSURA ORBITAL SUPERIOR OU ÓRBITA, DEMONSTRADO POR RM OU BIÓPSIA

      • PARESIA DE UM OU MAIS DOS SEGUINTES NERVOS CRANIANOS IPSILATERAIS: III, IV E/OU VI

 

  • ​EVIDÊNCIA DE CAUSA DEMONSTRADA AMBOS SEGUINTES CRITÉRIOS:

    • CEFALÉIA UNILATERAL À INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA

    • CEFALÉIA PRECEDENDO A OFTALMOPARESIA DO II, IV E OU VI NERVO EM <2 SEMANAS OU CONCOMITANTE A ELA

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OFTALMOPLEGIA DOLOROSA

SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

 

  • Alguns relatos de caso citam o envolvimento adicional de outros pares cranianos, tais quais 2 (óptico), 5 (especialmente V1), 7 e 8.

  • Inervação simpática da pupila também pode estar afetada.

  • O paciente deve seguir acompanhamento médico para exclusão de outras causas de oftalmoplegia dolorosa

    • tais como tumores, vasculites, meningite basal, sarcoidose, diabetes etc.

  • A dor e a oftalmoparesia tendem a se resolver quando adequadamente tratadas com corticosteróides

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SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

  • Histopatologia:

    • Inflamação inespecífica dos septos e da parede do seio cavernoso, com infiltração de linfócitos e de céls. plasmáticas, com granuloma de céls. gigantes e proliferação de fibroblastos

    • Inflamação produz pressão e disfunção secundária das estruturas dentro do seio cavernoso, incluindo os NCs, especialmente NC 3 e NC 6

    • Não há marcadores biológicos para diagnóstico

SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

 

  • RNM de crânio com contraste:

  • Alterações inflamatórias do seio cavernoso

  • Alterações inflamatórias na fissura orbitária superior ou vértice da órbita

  • Estreitamento focal da artéria carótida interna

  • TC de crânio pode demonstrar lesões semelhantes, porém é menos sensível

  • Achados similares são vistos em linfoma, sarcoidose e meningioma

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http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2005000400017&script=sci_arttext

OFTALMOPLEGIA DOLOROSA

SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

 

  • Exames Laboratoriais:
  • Geralmente normais
  • Pode haver VHS elevada, leucocitose discreta e FAN + ==> afastar vasculites
  • LCR
  • Leve alteração de proteína ou discreta pleocitose

 

OFTALMOPLEGIA DOLOROSA

SÍND. DE TOLOSA-HUNT

 

 

 

  • Corticoterapia resolve de modo dramático as alterações clínicas e radiológicas
    • Prednisona 1mg/kg/d
  • A dose deve ser reduzida nos dias subseqüentes, com duração de tratamento de 4 a 6 semanas
  • Nos casos refratários, são opcões:
    • MTX + Folato
    • Azatioprina, Micofenolato de Mofetila, Influximab
    • Radioterapia - relatos
  • Déficits neurológicos permanentes podem ocorrer e recaídas não são incomuns

 

migranea-like com oftalmoplegia

 

  • Mais comum em criança e adulto jovem
  • Dor unilateral periorbitária com paralisia transitória de nervos oculares
  • Dor mais penetrante que pulsátil
  • Déficit pode se repetir, deixando seqüelas sobretudo em NC 3, 6 e 4 (respectivamente)
  • Começa a melhorar em 12 a 36h
  • Com o desaparecimento da dor, a paralisia ocular persiste por 1 semana a 2 meses
    • Considerada nevralgia craniana:

      • realce do segmento cisternal do nervo craniano afetado sugere neuropatia desmielinizante recorrente

Arterite Temporal

 

  • Arterite Granulomatosa sistêmica acometendo vasos de médio e grosso calibre
  • Pacientes >50anos
  • Início insidioso: astenia, anorexia, perda de peso, dores articulares, sudoreses e quadro febril
  • Cefaléia pode ser aguda, de localização frontotemporal, latejante, persistente e intensa
  • Excluir outras causas é mandatório

Arterite Temporal

  • Artérias Temporais superficiais espessadas, de aspecto nodular, dolorosas a palpação e com pulsatilidade diminuída ou ausente
  • Claudicação mandibular e restrição a abertura da boca também são observadas
  • Pode haver claudicação da língua e disfagia
  • Necrose da língua ou região do escalpo, dor dentária ou sintomas vestibulares (nistagmo ou perda auditiva) são ocorrências ainda menos comuns
  • Manifestações oculares de origem isquêmica (25%)
    • Irreversível em 1 a 15%
  • O outro olho costuma estar envolvido em 1 a 2 semanas. A amaurose fugaz pode preceder perda visual em 44% dos casos
  • Artérias de segmento torácico e abdominal também podem ser acometidas

ESSE

Arterite Temporal

Achados Laboratoriais:

  • VHS > 50 mm/H, PCR elevada, Fibrinogênio elevado
  • Anemia Hipocrômica, Leucocitose leve, Trombocitose
  • USG com Doppler colorido de A. Temporal: espessamento da parede arterial
  • Confirmação dx: biópsia da A. temporal

Arterite Temporal

Tratamento:

  • Prednisona 1mg/kg/d, com retirada gradual e manutenção de 7,5mg a 10mg por 2 anos
  • Pulsoterapia com metilprednisolona não é recomendada
  • Intervenção cuirúrgica
  • Outras opções: MTX, ertanecept.
  • Antiagregantes plaquetários e varfarina parecem diminuir a frequência de eventos isquêmicos

Miosite Orbitária

  • Inflamação de um ou mais músculos extraoculares
  • Causas: doença de Graves, tumores de órbita, colagenoses, infecções, vacinas, lesões císticas
  • Disfunção isolada dos mm extraoculares, sobretudo na distribuição do NC III
  • Dor aguda ou subaguda na órbita e diplopia horizontal
  • Exame Físico: equimose, hiperemia conjuntival, ptose e proptose
  • Uni ou bilateral
  • Resolução da sintomatologia com corticóide

Oftalmoplegia Diabética

  • Acometimento mais comum: NC 3 >>> NC 6 > NC 4
  • Inervação pupilar freqüentemente é preservada preservação pupilar em 62 a 86% dos casos
  • Início agudo de oftalmoplegia (1 a 2 dias) + dor ocular ou retro-ocular moderada ou intensa
  • A dor pode surgir horas ou dias após a diplopia
  • Pacientes > 50 anos (DM I ou II)
  • Afastar outras causas
  • Tratamento: controle do DM + Analgesia
  • Recuperação completa em 3 a 6 meses

Tromboflebite de Seio Cavernoso

 

  • Atingido por infecções da vizinhança: peribucal, fossas nasais e seios frontais
  • Quadro clínico explosivo: cefaléia, febre alta, toxemia, edema palpebral com quemose, exoftalmo bilateral e dor retrocular
  • Oftalmoplegia completa, dolorosa uni ou bilateral
  • Associação com paralisa do 3, 4, 6 + V1 e V2
  • Acometimento pupilar é variável
  • LCR: hipercitose

Oftalmoplegia Associada a Aneurisma

  • Compressão aneurismática das fibras pupilares superficiais do NC III no espaço subaracnóideo resulta em pupila dilatada e não responsiva
  • Ruptura aneurismática ou malformação AV
  • Cefaléia intensa + náuseas e vômitos + alterações de consciência e sinais meníngeos
  • 10% dos pcts com HSA não apresentam cefaléia
  • 8% apresentam cefaléia discreta com incremento progressivo
  • 40% apresentam cefaléia sentinela (peq sangramentos) precedem a ruptura significativa (dor pode ser unilateral)
  • TC pode ser normal, com dx sendo firmado por LCR
  • 50% dos pcts que procuram o médico são diagnosticados de modo incorreto

Oftalmoplegia Associada a Dissecção

  • Dissecção Arterial Carotídea:
  • Cervicalgia irradiada para hemicrânio ipsilateral
  • Amaurose fugaz ipsilateral dias após a dor e/ou alterações motoras e/ou sensoriais contralaterais

Neurite Óptica

  • Dor ocular ou retrocular precedendo a perda de visão em alguns dias
  • Dor piora com a movimentação ocular
  • Sintomas pioram com a elevacão da temperatura corporal (Fenômeno de Uthoff), fome, estresse, refeições, tabagismo e durante período menstrual
  • sexo feminino
  • unilateral
  • baixa de acuidade mais discreta 
  • dor presente em mais de 90% - piora com a movimentação
  • papiledema apenas em 1/3
  • escotoma central

Trigeminais

 

  • Dor de distribuição trigeminal unilateral + quadros

autônomos cranianos ipsilaterais

 

  • Cefaléia em Salvas: crises de 15min a 3h, com até 8

episódios diários

  • Hemicrania Paroxística: duração de minutos e até 40

episódios por dia

  • SUNCT: crises de segundos a minutos, até 200 por dia

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