Ronai Lisboa
Curso de Introdução à Física Clássica: Mecânica, Termodinâmica, Fluidos, Ondas e Oscilações e Eletromagnetismo para Bacharelado em Ciências e Tecnologias.
Desde o século XVII (1601-1700) as lentes oftálmicas já eram utilizadas na Europa durante pelo menos 300 anos.
Fonte: https://memoria.ebc.com.br
SEC. XIII
SEC. XVII
SEC. XXI
Luís XIV, o Rei Sol...
A guerra dos oitenta anos, também conhecida como Revolta Holandesa, é como costuma ser nomeado o processo de independência dos chamados Países Baixos em relação ao domínio da Casa Habsburgo (hoje, Espanha. Rei Carlos V), iniciado em meados do século XVI.
Holanda e Espanha buscavam algo que lhes dessem uma vantagem militar.
Um jovem fabricante de óculos Holandês, chamado Hans Lippershey pegou um tubo, juntou duas lentes na orientação correta, e se deu conta da utilidade da ferramenta.
Afinal, não é plausível que em 300 anos ninguém tivesse justaposto fortuitamente duas lentes e tivessem assim construído uma luneta.
Hans Lippershey foi o primeiro a registrar um projeto de luneta, tornando esse invento disponível para uso geral em 2 de outubro 1608.
Chamou o aparato de "teleskopos" e, rapidamente, solicitou às autoridades holandesas uma patente, convencido de que faria fortuna.
Acredita-se que antes de Lippershey outras lunetas já haviam sido construídas, porém não foram registradas.
As aplicações militares de um tal instrumento eram tão evidentes que a patente não foi concedida. O governo da Holanda adquiriu de imediato os direitos de um tal instrumento.
A luneta poderia ser útil para os holandeses na batalha, porque poderiam ver os invasores espanhóis de locais muito mais distantes de que os olhos permitiam.
A Revolução Científica refere-se a um período de tempo, entre os séculos XVI e XVII, em que o desenvolvimento de campos como a física, a biologia, a química, entre outros, deu origem à fundação da ciência clássica; e isso, em detrimento das ideias predominantes estabelecidas pela Igreja e pela religião.
A ciência ganhou muitas novas ferramentas. Passou a ser mais aceita e vista como importante para um novo tipo de sociedade que nascia. As comprovações empíricas ganharam espaço e reduziram as influências das influências místicas da Idade Média.
Com Galileo Galilei (1564-1642), foi introduzido o método experimental (método científico): ele se baseia em uma primeira observação, seguida de um experimento, desenvolvido de forma controlada, para que nós possamos reproduzir o problema que se deseja investigar.
Em 1589, escreveu um texto sobre movimento, no qual criticava os pontos de vista de Aristóteles a respeito da queda livre e do movimento dos projéteis. Em 1592, tornou-se professor de matemáticas em Pádua, onde iniciou um período magnífico de sua vida científica. Ocupou-se de topografia, de diversas invenções mecânicas e arquitetura militar.
Em julho de 1609, visitou Veneza e teve notícias da invenção da luneta, construiu sua própria luneta e a aperfeiçoou. Assim, fez as primeiras observações da lua, também observou as fases de Vênus, fenômeno que seria impossível de acontecer se a teoria do geocentrismo fosse correta. Assim, Galileu publicou suas descobertas num pequeno texto chamado “O Mensageiro Sideral”. Estes escritos ficaram famosos e lhe valeram uma cátedra honorária em Pisa.
Calçados de pelo e um gorro pequeno para Vincenzo (seu filho).
A caixa com as coisas de Marina (Gamba, sua companheira).
Lentilhas, grão de bico branco, arroz, passas, trigo, açúcar, pimenta, cravo canela, especiarias, geléias, sabões, laranjas.
Malgavia (vinho importado da Grecia) do senhor Sagredo (Giovanni Francesco, seu melhor amigo em Veneza).
Dois pentes de marfim.
Breu
Galileu aplicou seus conhecimentos de lógica e cálculo para analisar o fenômeno e ele mesmo fez experimentos com as lentes. Em junho de 1609 construiu uma luneta. Depois de várias melhorias, conseguiu construir um instrumento com um aumento de 30 vezes e passou a observar céu. Vendeu e presenteou…
Galileu presentiou a família dos Medici’s, refinada, aperfeiçoada e envolta em um charmoso couro vermelho. Mas não revelou como foi construída.
Conseguiu a posição de professor em Florença/Itália.
Alcançou prestígio, fama e influência… o que o salvou da fogueira
“Aplicando meu olho à lente côncava, vi objetos satisfatoriamente grandes e próximos. Pareciam estar a um terço da distância e nove vezes maiores que ao vê-los só com o olho nu.”
Fonte: https://www.profpc.com.br/Grandes%20Nomes%20da%20Ciência/Cientistas%20Famosos/Galileu.htm
A luneta original que Galileu construiu era um instrumento tosco, que aumentava em apenas três vezes o tamanho do objeto real.
Ele apontou o telescópio ao céu, ao reino dos deuses, e descobriu um mundo que nenhum outro ser humano tinha visto antes.
Galileu olha para lua e vê que a Lua era semelhante à superfície da própria Terra.
Desenho das Plêiades que a olho nu pode-se ver somente 7 dessas estrelas.
Vamos utilizar:
1 folha de EVA preta e fina.
1 folha de papel cartão preto.
1 régua.
1 tesoura.
1 estilete.
1 caneta.
1 arruela.
1 rolo de fita isolante, fita crepe e fita de colar caixa de papelão.
Uma lente plano-convexa (objetiva)
Diâmetro: 50 mm
Dioptria (grau): +2,00
Distância focal: f = 0,50 m
Uma lente biconvexa (ocular)
Diâmetro: 25 mm
Dioptria (grau): +22,00
Distância focal: f = 0,045 m
Um tubo de PVC:
Diâmetro: 40 mm
Comprimento: 40 cm
Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.
Uma extremidade não deve ser pintada para facilitar o encaixe e posterior remoção para ajustes.
Com fita crepe
Sem fita crepe
Um tubo de PVC
Diâmetro: 50 mm
Comprimento: 40 cm
Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.
Uma extremidade não deve ser pintada para facilitar o encaixe e posterior remoção para ajustes.
Com fita crepe
Sem fita crepe
Uma luva
Diâmetro: 40 mm
Não pinte internamente. Feche as duas extremidades com fita adesiva.
Deve ser pintado somente externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.
Uma luva
Diâmetro: 50 mm
Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.
A parte interna pode ser pintada de preta, mas a região interna de encaixe não deve ser pintada.
Com fita crepe
Sem fita crepe
Um redutor
Diâmetro: 40 mm x 25 mm
Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.
A parte interna pode ser pintada de preta, mas a região externa de encaixe não deve ser pintada. Caso possível lixe um pouco para facilitar o encaixe.
Sem fita crepe
Com fita crepe
Diafragma de papel cartão.
Os diafragmas podem ser feitos com as arruelas ou com o compasso.
1 diafragma com diâmetro externo de 5,00 cm e diâmetro interno de 2,50 cm.
Os diafragmas são de papel cartão.
1 diafragma com diâmetro externo de 5,00 cm e diâmetro interno de 2,00 cm.
1 diafragma com diâmetro externo de 5,00 cm e diâmetro interno de 1,00 cm.
As aberturas podem ser cortadas com o estile (É a primeira parte mais difícil!)
Tiras de EVA
1 tira com 27,5 cm de comprimento e largura de 6,00 cm.
1 tira com 26,5 cm de comprimento e largura de 4,00 cm.
As duas tiras também podem ter a mesma largura de 4,00 cm.
Parte 1. Montagem do tubo externo.
Enrole a tira de EVA com largura de 6 cm no diâmetro interno do tubo de PVC de 50 mm.
Você vai dar 2 voltas com a tira no diâmetro interno e na parte pintada.
Ajuste bem a tira ao enrolar e fixe com fita isolante ou fita crepe. É a segunda parte mais difícil.
Parte 2. Montagem do tubo interno.
Enrole a tira de EVA com largura de 4 cm no diâmetro externo do tubo de PVC de 40 mm.
Você vai dar 2 voltas com a tira no diâmetro externo.
Enrole na extremidade que está pintada.
Ajuste bem a tira ao enrolar e fixe com fita isolante ou fita crepe.
Não é necessário fixar toda a extremidade, mas se você achar que não está bem ajustado talvez seja melhor fixar com a isolante.
Parte 3.
Montagem da ocular:
Na ordem mostrada na figura:
Encaixe na luva, a parte pintada do redutor. Empurre um contra a outra até o encaixe perfeito. Mantenha as duas peças alinhadas.
Verifique o lado menos convexa da lente. Esse lado vai ficar próximo do seu olho.
Encaixe a lente ao redutor. Não empurre muito. A lente deve ficar bem rente à borda do redutor.
Mas cuidado para ela não se soltar.
Parte 4.
Montagem da objetiva:
Na ordem mostrada na figura:
Ajuste a lente de 50 mm no interior da luva de 50 mm. A parte côncava da lente deve ficar para fora (boca da luva).
Sobre a lente ajuste o diafragma de diâmetro 5,00 cm de menor diâmetro interno. Depois você poderá testar outros diâmetros internos. A parte preta do papel cartão fica voltado para cima.
Sempre segure qualquer tipo de lente pelas bordas para evitar sujá-las com a oleosidade das mãos.
Parte 5.
Montagem da luneta:
Na ordem mostrada na figura:
Passe o tubo de 40 mm com a parte não pintada através do tubo de 50 mm pela parte não pintada. É a terceira parte difícil.
Com cuidado atravesse o tubo de 40 mm até que sua extremidade não pintada passe pela extremidade pintada do tubo de 50 mm. Atenção para não soltar a tira de EVA. Finalmente, fixe a objetiva no tubo de 50 mm e a ocular no tubo de 40 mm.
Um monóculo (ocular)
Diâmetro: 11 mm
Dioptria (grau):
Distância focal:
É recomendado que o monóculo seja pintado de preto na parte interna e externa. Mas antes remova a ocular.
Parte 3.
Montagem da ocular:
Na ordem mostrada na figura:
Ajuste o diafragma de papel cartão (ou EVA) de 4,00 cm de diâmetro externo com a parte preta para baixo dentro da luva de 40 mm. Ajuste o monóculo dentro da luva e sobre o papel cartão (ou EVA). Prenda o diafragma de EVA entorno da lente do monóculo. Ajuste o redutor 40x25 sobre o monóculo e encaixe tudo muito bem.
Um redutor
Diâmetro: 40 mm x 25 mm
Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.
A parte interna pode ser pintada de preta, mas a região externa de encaixe não deve ser pintada.
Sem fita crepe
Com fita crepe
Parte 3.
Montagem da ocular:
Na ordem mostrada na figura:
Encaixe a parte não pintada do redutor na luva. Empurre uma contra a outra até o encaixe perfeito.
Verifique o lado menos convexa da lente. Esse lado vai ficar próximo do seu olho.
Encaixe a lente ao redutor. Não empurre muito. A lente deve ficar bem rente à borda do redutor.
Mas cuidado para ela não se soltar.
Parte 5.
Montagem da luneta:
Na ordem mostrada na figura:
Passe o tubo de 40 mm com a parte não pintada através do tubo de 50 mm pela parte não pintada. É a terceira parte difícil.
Com cuidado atravesse o tubo de 40 mm até que sua extremidade não pintada passe pela extremidade pintada do tubo de 50 mm. Atenção para não soltar a tira de EVA. Finalmente, fixe a objetiva no tubo de 50 mm e a ocular no tubo de 40 mm.
By Ronai Lisboa
Divulgação científica. Cometa Nordestino. Natal.
Curso de Introdução à Física Clássica: Mecânica, Termodinâmica, Fluidos, Ondas e Oscilações e Eletromagnetismo para Bacharelado em Ciências e Tecnologias.