O mensageiro das estrelas

Eu, uso óculos!

Desde o século XVII (1601-1700) as lentes oftálmicas já eram utilizadas na Europa durante pelo menos 300 anos.

SEC. XIII

SEC. XVII

SEC. XXI

O grande século

O século XVII foi dominado por Luís XIV 

(rei da França), a Revolução científica e

a Crise Geral.

Luís XIV, o Rei Sol...

No período do século XVII a Europa enfrentou diversos problemas e mudanças de natureza econômica, social e política, tais como a fome, doenças, rebeliões e guerras.

O grande século

A guerra dos oitenta anos, também conhecida como Revolta Holandesa, é como costuma ser nomeado o processo de independência dos chamados Países Baixos em relação ao domínio da Casa Habsburgo (hoje, Espanha. Rei Carlos V), iniciado em meados do século XVI.

Holanda e Espanha buscavam algo que lhes dessem uma vantagem militar.

O oculista e a luneta

Um jovem fabricante de óculos Holandês, chamado Hans Lippershey pegou um tubo, juntou duas lentes na orientação correta, e se deu conta da utilidade da ferramenta.

Afinal, não é plausível que em 300 anos ninguém tivesse justaposto fortuitamente duas lentes e tivessem assim construído uma luneta.

Hans Lippershey foi o primeiro a registrar um projeto de luneta, tornando esse invento disponível para uso geral em 2 de outubro 1608.

Chamou o aparato de "teleskopos" e, rapidamente, solicitou às autoridades holandesas uma patente, convencido de que faria fortuna.

Acredita-se que antes de Lippershey outras lunetas já haviam sido construídas, porém não foram registradas.

O oculista e a luneta

As aplicações militares de um tal instrumento eram tão evidentes que a patente não foi concedida. O governo da Holanda adquiriu de imediato os direitos de um tal instrumento.

 A luneta poderia ser útil para os holandeses na batalha, porque poderiam ver os invasores espanhóis de locais muito mais distantes de que os olhos permitiam.

A guerra e a luneta

A Revolução Científica refere-se a um período de tempo, entre os séculos XVI e XVII, em que o desenvolvimento de campos como a física, a biologia, a química, entre outros, deu origem à fundação da ciência clássica; e isso, em detrimento das ideias predominantes estabelecidas pela Igreja e pela religião.

A revolução científica

A ciência ganhou muitas novas ferramentas. Passou a ser mais aceita e vista como importante para um novo tipo de sociedade que nascia. As comprovações empíricas ganharam espaço e reduziram as influências das influências místicas da Idade Média.

Com Galileo Galilei (1564-1642), foi introduzido o método experimental (método científico): ele se baseia em uma primeira observação, seguida de um experimento, desenvolvido de forma controlada, para que nós possamos reproduzir o problema que se deseja investigar.

Galileu e a Revolução Científica

Em 1589, escreveu um texto sobre movimento, no qual criticava os pontos de vista de Aristóteles a respeito da queda livre e do movimento dos projéteis. Em 1592, tornou-se professor de matemáticas em Pádua, onde iniciou um período magnífico de sua vida científica. Ocupou-se de topografia, de diversas invenções mecânicas e arquitetura militar.

Galileu e a Revolução Científica

Em julho de 1609, visitou Veneza e teve notícias da invenção da luneta, construiu sua própria luneta e a aperfeiçoou. Assim, fez as primeiras observações da lua, também observou as fases de Vênus, fenômeno que seria impossível de acontecer se a teoria do geocentrismo fosse correta. Assim, Galileu publicou suas descobertas num pequeno texto chamado “O Mensageiro Sideral”. Estes escritos ficaram famosos e lhe valeram uma cátedra honorária em Pisa.

Galileu e a Luneta

  • Calçados de pelo e um gorro pequeno para Vincenzo (seu filho).

  • A caixa com as coisas de Marina (Gamba, sua companheira).

  • Lentilhas, grão de bico branco, arroz, passas, trigo, açúcar, pimenta, cravo canela, especiarias, geléias, sabões, laranjas.

  • Malgavia (vinho importado da Grecia) do senhor Sagredo          (Giovanni Francesco, seu melhor amigo em Veneza).

  • Dois pentes de marfim.

Galileu e a Luneta

  • Dois pelouros (projéteis de antigas peças de artilharia).
  • Tubo de órgão de estanho (parte de instrumento musical).
  • Trípoli (rocha para produzir pó áspero e abrasivo).
  • Pedaços de espelho (espelho).
  • Colofônia (breu - resina - cola).

Breu

Galileu e a Luneta

Galileu aplicou seus conhecimentos de lógica e cálculo para analisar o fenômeno e ele mesmo fez experimentos com as lentes. Em junho de 1609 construiu uma luneta. Depois de várias melhorias, conseguiu construir um instrumento com um aumento de 30 vezes e passou a observar céu. Vendeu e presenteou…

Galileu presentiou a família dos Medici’s, refinada, aperfeiçoada e envolta em um charmoso couro vermelho. Mas não revelou como foi construída.

Conseguiu a posição de professor em Florença/Itália.

Alcançou prestígio, fama e influência… o que o salvou da fogueira

“Aplicando meu olho à lente côncava, vi objetos satisfatoriamente grandes e próximos. Pareciam estar a um terço da distância e nove vezes maiores que ao vê-los só com o olho nu.”

Galileu e a Luneta

Fonte: https://www.profpc.com.br/Grandes%20Nomes%20da%20Ciência/Cientistas%20Famosos/Galileu.htm

A luneta original que Galileu construiu era um instrumento tosco, que aumentava em apenas três vezes o tamanho do objeto real.

Ele apontou o telescópio ao céu, ao reino dos deuses, e descobriu um mundo que nenhum outro ser humano tinha visto antes.

Galileu 

Galileu olha para lua e vê que a Lua era semelhante à superfície da própria Terra.

Desenho das Plêiades que a olho nu pode-se ver somente 7 dessas estrelas.

Mãos na massa

Ferramentas

Vamos utilizar:

1 folha de EVA preta e fina.

1 folha de papel cartão preto.

1 régua.

1 tesoura.

1 estilete.

1 caneta.

1 arruela.

1 rolo de fita isolante, fita crepe e fita de colar caixa de papelão.

Peças

Uma lente plano-convexa (objetiva)

Diâmetro: 50 mm

Dioptria (grau): +2,00

Distância focal: f = 0,50 m

Peças

Uma lente biconvexa (ocular)

Diâmetro: 25 mm

Dioptria (grau): +22,00

Distância focal: f = 0,045 m

Peças

Um tubo de PVC:

Diâmetro: 40 mm

Comprimento: 40 cm

Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.

Uma extremidade não deve ser pintada para facilitar o encaixe e posterior remoção para ajustes.

Com fita crepe

Sem fita crepe

Peças

Um tubo de PVC

Diâmetro: 50 mm

Comprimento: 40 cm

Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.

Uma extremidade não deve ser pintada para facilitar o encaixe e posterior remoção para ajustes.

Com fita crepe

Sem fita crepe

Peças

Uma luva

Diâmetro: 40 mm

Não pinte internamente. Feche as duas extremidades com fita adesiva.

Deve ser pintado somente externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.

Peças

Uma luva

Diâmetro: 50 mm

Deve ser pintado internamente e  externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.

A parte interna pode ser pintada de preta, mas a região interna de encaixe não deve ser pintada.

Com fita crepe

Sem fita crepe

Peças

Um redutor

Diâmetro: 40 mm x 25 mm

Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.

A parte interna pode ser pintada de preta, mas a região externa de encaixe não deve ser pintada. Caso possível lixe um pouco para facilitar o encaixe.

Sem fita crepe

Com fita crepe

Peças

Diafragma de papel cartão.

Os diafragmas podem ser feitos com as arruelas ou com o compasso.

1 diafragma com diâmetro externo de 5,00 cm e diâmetro interno de 2,50 cm.

Os diafragmas são de papel cartão.

1 diafragma com diâmetro externo de 5,00 cm e diâmetro interno de 2,00 cm.

1 diafragma com diâmetro externo de 5,00 cm e diâmetro interno de 1,00 cm.

As aberturas podem ser cortadas com o estile (É a primeira parte mais difícil!)

Peças

Tiras de EVA

1 tira com 27,5 cm de comprimento e largura de 6,00 cm.

1 tira com 26,5 cm de comprimento e largura de 4,00 cm.

As duas tiras também podem ter a mesma largura de 4,00 cm.

Montagem

Parte 1. Montagem do tubo externo.

Enrole a tira de EVA com largura de 6 cm no diâmetro interno do tubo de PVC de 50 mm.

Você vai dar 2 voltas com a tira no diâmetro interno e na parte pintada.

Ajuste bem a tira ao enrolar e fixe com fita isolante ou fita crepe. É a segunda parte mais difícil.

Montagem

Parte 2. Montagem do tubo interno.

Enrole a tira de EVA com largura de 4 cm no diâmetro externo do tubo de PVC de 40 mm.

Você vai dar 2 voltas com a tira no diâmetro externo.

Enrole na extremidade que está pintada.

Ajuste bem a tira ao enrolar e fixe com fita isolante ou fita crepe. 

Não é necessário fixar toda a extremidade, mas se você achar que não está bem ajustado talvez seja melhor fixar com a isolante.

Montagem

Parte 3.

Montagem da ocular:

Na ordem mostrada na figura:

Encaixe na luva, a parte pintada do redutor. Empurre um contra a outra até o encaixe perfeito. Mantenha as duas peças alinhadas.

Verifique o lado menos convexa da lente.  Esse lado vai ficar próximo do seu olho.

Encaixe a lente ao redutor.  Não empurre muito. A lente deve ficar bem rente à borda do redutor.

Mas cuidado para ela não se soltar.

Montagem

Parte 4.

Montagem da objetiva:

Na ordem mostrada na figura:

Ajuste a lente de 50 mm no interior da luva de 50 mm. A parte côncava da lente deve ficar para fora (boca da luva).

Sobre a lente ajuste o diafragma de diâmetro 5,00 cm de menor diâmetro interno. Depois você poderá testar outros diâmetros internos. A parte preta do papel cartão fica voltado para cima.

Sempre segure qualquer tipo de lente pelas bordas para evitar sujá-las com a oleosidade das mãos.

Montagem

Parte 5.

Montagem da luneta:

Na ordem mostrada na figura:

Passe o tubo de 40 mm com a parte não pintada através do tubo de 50 mm pela parte não pintada. É a terceira parte difícil.

Com cuidado atravesse o tubo de 40 mm até que sua extremidade não pintada passe pela extremidade pintada do tubo de 50 mm. Atenção para não soltar a tira de EVA. Finalmente, fixe a objetiva no tubo de 50 mm e a ocular no tubo de 40 mm.

OK, A LUNETA

Faça como Galileu

Olhe para as estrelas, olhe para as luas...

ATENÇÃO!!! NÃO OLHE PARA O SOL!!!

Você pode queimar suas retinas.

Peças

Um monóculo (ocular)

Diâmetro: 11 mm

Dioptria (grau): 

Distância focal: 

É recomendado que o monóculo seja pintado de preto na parte interna e externa. Mas antes remova a ocular.

Montagem

Parte 3.

Montagem da ocular:

Na ordem mostrada na figura:

Ajuste o diafragma de papel cartão (ou EVA) de 4,00 cm de diâmetro externo com a parte preta para baixo dentro da luva de 40 mm. Ajuste o monóculo dentro da luva e sobre o papel cartão (ou EVA). Prenda o diafragma de EVA entorno da lente do monóculo. Ajuste o redutor 40x25 sobre o monóculo e encaixe tudo muito bem.

Peças

Um redutor

Diâmetro: 40 mm x 25 mm

Deve ser pintado internamente e externamente com tinta preta fosca OU revestido com adesivo contact.

A parte interna pode ser pintada de preta, mas a região externa de encaixe não deve ser pintada.

Sem fita crepe

Com fita crepe

Montagem

Parte 3.

Montagem da ocular:

Na ordem mostrada na figura:

Encaixe a parte não pintada do redutor na luva. Empurre uma contra a outra até o encaixe perfeito.

Verifique o lado menos convexa da lente.  Esse lado vai ficar próximo do seu olho.

Encaixe a lente ao redutor.  Não empurre muito. A lente deve ficar bem rente à borda do redutor.

Mas cuidado para ela não se soltar.

Montagem

Parte 5.

Montagem da luneta:

Na ordem mostrada na figura:

Passe o tubo de 40 mm com a parte não pintada através do tubo de 50 mm pela parte não pintada. É a terceira parte difícil.

Com cuidado atravesse o tubo de 40 mm até que sua extremidade não pintada passe pela extremidade pintada do tubo de 50 mm. Atenção para não soltar a tira de EVA. Finalmente, fixe a objetiva no tubo de 50 mm e a ocular no tubo de 40 mm.

O mensageiro das estrelas

By Ronai Lisboa

O mensageiro das estrelas

Divulgação científica. Cometa Nordestino. Natal.

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