Ronai Lisboa
Curso de Introdução à Física Clássica: Mecânica, Termodinâmica, Fluidos, Ondas e Oscilações e Eletromagnetismo para Bacharelado em Ciências e Tecnologias.
Objetivos
Estudar os seguintes sistemas dinâmicos:
Corpos sujeitos à força centrípeta.
Corpos sujeitos à força elástica (talvez!).
O giro da Terra em torno do Sol está sujeito a uma força central.
A força central não quer dizer que o objeto em movimento circular será atraído para centro.
A força central varia a direção do vetor velocidade tangencial.
Removendo a força centrípeta o objeto vai se mover em linha reta a partir da tangente da trajetória circular e com \(\vec v_t = constante\).
Movimento sobre efeito de força central
Forças e movimento circular
Forças e movimento circular
A força centrípeta sobre um objeto em movimento circular à rapidez constante nos diz que a soma vetorial das forças exercidas no objeto deve ser direcionada para o centro do círculo, ajustando continuamente a direção do objeto.
Sem essa soma vetorial de forças apontando para dentro, o objeto se moveria em uma linha reta na direção da velocidade tangencial.
A magnitude da força centrípeta:
A força centrípeta é uma força central que varia a direção da velocidade tangencial.
Forças e movimento circular
A magnitude da força necessária para fazer um objeto mover em movimento circular à rapidez constante depende da rapidez do objeto e o raio da trajetória.
A força para dentro necessária para fazer um objeto se mover em movimento circular aumenta com o aumento da rapidez e diminui com o aumento do raio.
A força centrípeta é função da massa, da velocidade tangencial e do raio.
A magnitude da força centrípeta:
Fonte: Eric Mazur
Fonte: Eric Mazur
Quando os dois discos se movem a mesma rapidez sobre círculos de raios diferentes
o disco no círculo menor tem maior variação da velocidade em um dado intervalo de tempo.
Forças e movimento circular
Exemplo 1 (A11.P1-11)
Fonte: https://www.nicepng.com
A componente horizontal da força de contato da superfície (s) sobre a moto (m) - força de atrito
A força centrípeta se deve:
normal
contato
atrito estático
peso
A força centrípeta é igual à força de atrito estático que permite fazer a curva.
Forças e movimento circular
Exemplo 2 (A11.P1-10)
componente horizontal da tensão
componente vertical da tensão
contato
peso
A componente horizontal da força de contato da corda (c) sobre a bola (e).
A força centrípeta se deve:
A força centrípeta é igual à componente horizontal da força de tensão:
\(\rightarrow \theta\) não pode ser zero!
Sobre a massa há apenas duas forças: Tração \(\vec T\) de direção e magnitudes que variam e Peso \(\vec P\) de direção e magnitudes que não variam.
No referencial adotado as forças peso e tração têm as seguintes componentes:
A força resultante ao longo da trajetória é \(P_{\tan}\).
A força resultante normal à trajetória é \(T-P_{rad}\).
\(W\) é a força peso (weight)
Forças e movimento circular
Exemplo 3: Pêndulo simples
tangencial
radial
Em cada direção as forças não são constantes.
Fonte: https://pin.it/2SEybXW
Forças e movimento circular
Os pequenos satélites da Starlink, orbitam a Terra em alturas entre 500 a 1200 km acima da superfície da Terra.
O objetivo é estabelecer um serviço mundial de Internet de banda larga confiável e fácil acesso.
Os satélites operam em órbita terrestre baixa (LEO), o que resulta em latência mais baixa e taxas de transferência de dados (20 milisegundos) mais rápidas do que os satélites geoestacionários típicos (600 milisegundos) que orbitam em altas altitudes (36 000 km).
É importante criar mecanismos que controlem a distância entre o satélite e o centro da Terra, pois isso afeta a velocidade e o período do satélite.
Exemplo 3: Satélites
O que mantém os satélites em órbita é a física newtoniana, em primeira aproximação:
Forças e movimento circular
A força centrípeta resultante que atua sobre este satélite em órbita é dada pela relação:
A equação para a velocidade do satélite movendo-se em uma órbita circular em torno da Terra:
A velocidade para completar a órbita circular \(\Delta S=2\pi R\) num período \(T\):
O período \(T\) e a velocidade não dependem da massa do satélite:
Terceira lei de Kepler
Exemplo 3: Satélites
Forças e movimento circular
Os satélites estão sujeitos à terceira lei de Kepler
Exemplo 3: Satélites
Forças e movimento circular
Exemplo 4 (A11.P1-17):
Uma bola de 500 g move-se em um círculo vertical presa por um barbante de 102 cm de comprimento. Se a velocidade no topo vale 4,0 m/s, o valor da velocidade no fundo será 7,5 m/s.
a. Quanto vale a força gravitacional exercida sobre a bola?
b. Quanto vale a tensão no barbante quando a bola se encontra no topo?
c. Quanto vale a tensão no barbante quando a bola se encontra no fundo?
Forças e movimento circular
Exemplo 5 (A11-P1-09):
Um cubo está sobre uma plataforma giratória, girando inicialmente a rapidez constante.
A rapidez angular da plataforma giratória é aumentada lentamente e, em um instante, o cubo desliza para fora da plataforma giratória.
Explique por que isso acontece.
Forças e movimento circular
Exemplo 6:
Quando um avião viaja a velocidade (vetorial) constante na horizontal, suas turbinas ou hélices “sentem” uma força horizontal para a frente. A atuação do ar no corpo e nas asas do avião exerce uma força com uma componente horizontal para traz, que é uma força de atrito, e outra componente (E) vertical para cima, que sustenta o avião.
(a) Por que o avião não consegue fazer uma curva na horizontal sem inclinar as asas?
(b) Qual o ângulo que as asas devem ser inclinadas para que o avião realize uma curva na horizontal de raio R?
Forças e movimento circular
Exemplo 7 (A11-P1-13):
Uma curva de 30,0 m de raio é inclinada de um ângulo θ. Isto é, a normal da superfície da estrada forma um ângulo com a vertical. Encontre θ para que o carro percorra a curva a 40,0 km/h, mesmo se a estrada está coberta de gelo, o que a torna praticamente sem atrito.
Força elástica
Crédito: https://youtu.be/JhJzdtzl6KY
Crédito: https://youtu.be/0EEHuh5q2p8
Simulação
Mundo real
Força elástica
Crédito: https://youtu.be/z9oaeBcXKU4
Mundo real
Tecnologia
Força elástica
Como chegar até lá? Passo 1: Aprender o básico.
A força que a mola exerce tem mesma direção, magnitude e sentido oposto à força aplicada.
A força aplicada pela mola tem sentido oposto à deformação.
É conhecida por Lei de Hooke, apesar de ser válida apenas no regime elástico, isto é, para pequenas deformações.
É chamada de uma força restauradora.
A força elástica (uma força de contato)
Diferente das demais forças (peso, normal, tensão, tração, atrito, etc.) a força elástica é uma força variável.
No intervalo elástico a deformação é proporcional à força elástica.
É possível combinar molas para obter forças e deformações distintas.
A constante da mola k é uma medida quantitativa da rigidez da mola. Tem unidade S.I. de newton/metro: N/m.
Diferentes molas têm valores diferentes de k, dependendo de como elas respondem à compressão e ao alongamento.
A força elástica (uma força de contato)
É possível alterar a constante mola associando molas.
O gráfico mostra o componente \(x\) do deslocamento da extremidade livre da mola de sua posição relaxada em \(x_0\) versus a força aplicada à mola.
regime elástico
regime plástico
ponto de ruptura
Na verdade é uma bola bastante rígida!
Intervalo elástico
\(x-x_0\) (cm)
\(F_a\) (N)
A força elástica (uma força de contato)
Mola macia
Mola dura
Poste de aço
Para uma mesma força aplicada (peso) a deformação é maior para a mola macia
Fonte: Eric Mazur
Fonte: Eric Mazur
Podemos modelar qualquer superfície como um conjunto de molas. Quanto mais rígida a superfície maior o valor da constante elástica e menor será a deformação para uma mesma força aplicada.
A força elástica (uma força de contato)
Exemplo 8
Um livro de inércia de 1,2 kg é colocado no topo da mola na figura. Qual é o deslocamento da extremidade superior da mola da posição relaxada quando o livro está parado em cima da mola de constante de mola \(k = 2,5 \times 10^3\) N/m?
O deslocamento é negativo, pois houve uma compressão da mola.
Fonte: Tipler & Mosca
A força elástica (uma força de contato)
Exemplo 9
Um jogador de basquete de 110 kg segura o aro enquanto enterra a bola (Figura 4-12). Antes de cair, ele fica suspenso seguro ao aro, cuja parte frontal fica defletida de uma distância de 15 cm. Suponha que o aro possa ser aproximado por uma mola e calcule a constante de força k.
O deslocamento é negativo, é contrário ao referencial que é positivo para cima.
Isso significa que a força elástica fica com valor positivo (sentido do referencial)
Fonte: Tipler & Mosca
A força elástica (uma força de contato)
Imagine que tenhamos uma mola alongada, de pequena massa, com uma dureza de k=100 N/m. Se pendurarmos um bloco de peso igual a 100 N (cerca de 10 kg de massa) na ponta da mola, a mola esticará 1,00 m.
As molas em série têm a metade da dureza de uma única mola.
Exemplo 10
Fonte: https://www.cleanpng.com
Juntamos duas molas idênticas pelas pontas (em “série”) para fazer uma mola mais longa. Qual é a dureza da mola mais longa (mola equivalente)?
A força elástica (uma força de contato)
Imagine que tenhamos uma mola alongada, de pequena massa, com uma dureza de k=100 N/m. Se pendurarmos um bloco de peso igual a 100 N (cerca de 10 kg de massa) na ponta da mola, a mola esticará 1,00 m.
As molas em paralelo têm o dobro da dureza de uma única mola.
Exemplo 11
Fonte: https://www.cleanpng.com
Juntamos duas molas idênticas pelas pontas (em “paralelo”) para fazer uma mola mais larga. Qual é a dureza da mola mais larga (mola equivalente)?
A força elástica (uma força de contato)
By Ronai Lisboa
Dinâmica. Aplicações das leis de Newton. Força centrípeta.
Curso de Introdução à Física Clássica: Mecânica, Termodinâmica, Fluidos, Ondas e Oscilações e Eletromagnetismo para Bacharelado em Ciências e Tecnologias.